segunda-feira, maio 14, 2007

George Michael...finalmente...

Quando comecei a ouvir o George Michael, ainda no tempo dos Wham, tinha eu 13 anos. Depressa foi um grupo e música associada às miúdas e aos panascas, pelo que eu só podia demonstrar satisfação na sua audição em ambiente protegido e este seria em casa. Comprava às escondidas os discos e as revistas Bravo para poder coleccionar as fotos dos meus ídolos de então: os Wham e a Madonna. Associação bombástica!! Mais gay não podia ser…
Ainda me lembro de quando se ouvia nas festas de escola o Wake me up before you go-go, que me dava uma vontade imensa de dançar, mas como essa musica era apanágio de um determinado género ficava-me por imaginar o teledisco de então em que o George Michael ostentava uns calções reduzidos e um rabinho de perder a cabeça…
Passaram-se 22 anos e finalmente pude ver o meu ídolo destes anos ao vivo e a cores.
Ao fim de três semanas insuportáveis e intratáveis, este foi o melhor tratamento para impedir um despoletar de uma depressão que me estava a assombrar.
Ao contrário daquilo que se disse, que se esperavam vender 40 000 bilhetes, tendo sido vendidos 27 000, o estádio aparentemente estava cheio. E digo aparentemente pois consegui ficar a poucos metros da passadeira que entrava pelo público adentro, não tendo muita noção do que se passava trás de mim.
Foi comprovado que, mesmo com 43 anos, este homem reúne um potencial vocal invejável. No entanto a set list podia ser um pouco melhor, uma vez que ele cantou umas quantas baladas quase desconhecidas de uma grande maioria do público. Os momentos altos da noite foram: Flawless, Everything she wants, Shoot the dog e inevitavelmente o Outside em que a grande comunidade gay presente se fez notar com grande entusiasmo. Os encores não podiam deixar de ser o Carless Whisper e Freedom. Não me lembro de dançar tanto num concerto como este.
Numa das musicas, as quais desconheço o nome – as tais que a grande maioria desconhecia – fazia-se acompanhar por umas imagens onde se podiam ver corpos entrelaçados sugerindo actos sexuais entre homens e mulheres, entre mulheres, e entre homens… não podia ser mais explicito, pois não?!?
A interacção com o publico podia ter sido um pouco melhor. Embora existisse uma passadeira circular que entrava pelo relvado dentro, fez pouco uso dela. Creio que deve ter tido medo de alguma reacção mais efusiva de algum fan, uma vez que esta passadeira possibilitava uma proximidade física muito grande com publico.
Cá fora, antes do espectáculo e como já disse a comunidade gay era mais que muita. Pelo sotaque devem-se ter mobilizado dos quatro cantos do pais, e de Lisboa nem se fala…caras que eu conhecia da noite de há muitos anos lá estavam, mas com uma pequena diferença…excessivamente magros…
De resto…foi, seguramentte, dos melhores concertos ao vivo que assisti nos últimos anos…
…e não fazem ideia do bem que me fez!
Obrigado a todos que por aqui passaram e estranharam o meu silencio.

8 comentários:

Momentos disse...

É sempre bom recordar...

Anónimo disse...

Gostaria muito de ter visto, e pela descrição que fazes teria valido a pena; ao menos a ti foi uma belìssima terapia, ainda bem.
Abraço.

Tongzhi disse...

Deve ter sido fantástico! Tive pena de não ter ido

Anónimo disse...

Não fui ao concerto mas deu para ver que a comunidade gay estava lá em peso, coimbra deve ter ficado chocada! Ainda bem! Para ver se aqueles snobzinhos e gentinha retida no tempo abre os olhos!

peter_pina disse...

para mim será sempre like jesus to a child....

p.p.

Graduated Fool disse...

Pois, eu não fui. Confesso que não tive grande vontade. Em Lisboa, talvez fosse. Guardo as imagens e sons que tenho daquele George de outros tempos. Tempos meus de adolescente e tempos já de adulto a ouvir a álbum "Older".
É uma grande voz, sem dúvida.

Anónimo disse...

fantastico .
é muito bom recordar
A madona , a bravo , wham ...
momentos muito agradaveis
gosto da tua escrita .

Carlos Gil disse...

Não sei se ainda vais ler isto pelas tuas ultimas palavras parece que te agrada um gordinho hummmmmmmm ;)