sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Uma forma de voyerismo cibernético

Acho que me tornei num stocker, num voyeur…a vontade de querer saber quem está do outro lado dos cabos de fibra óptica tem dado comigo em doido. Felizmente que existem coisas tipo Hi5 com fotos, onde todos podem sublimar a sua falha narcísica e assim vão satisfazendo a minha curiosidade quase doentia de conhecer as caras de uns e de outros…mas isto preocupa-me…acabo por fantasiar sobre aquela cara pois a pessoa é me estranha. Desperta-me uma ambivalência de sentimentos que por um lado gostaria de conhecer, mas por outro a incerteza do desconhecido acompanha-me. E quem vê caras…
Ainda gosto de ti…sabes…se tinha incertezas que estavas longe hoje tenho a confirmação. Estás a dormir na minha cama e eu desinteressadamente virei-te as costas e ando perdido por entre os cabos de fibra óptica e entre bytes e pixeis…
Hoje estou assim…amanhã estarei melhor…mas que gosto de ver o Hi5, gosto!... as férias, os animais de estimação, os amigos, as melhores poses…

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Como um broche pode destruir uma vida…

Não se fala de outra coisa: as empregadas da limpeza, os seguranças, os funcionários de diferentes postos de trabalho e hierarquias, tudo fala do mesmo…
Segundo se consta um funcionário desta organização, que por seu lado é casado, filho de gente importante na casa, foi apanhado a fazer um real blow job a um homem nas traseiras do edifício.
Como apanhar a ver não foi o suficiente, e como a pessoa em questão tem responsabilidades profissionais e até mesmo alguma visibilidade, atendendo às funções que aqui desempenha e uma vez que os seus progenitores também aqui trabalham, chamaram os seguranças a informar do que estava a acontecer, e exigiram que estes inergumenos exigissem as identificações dos perpetradores do acto.
Escusado será dizer que o tema de conversa do dia e dos próximos tempos será o broche que o sr (…) fez…"E que é um ganda panasca..." Gente ordinária que não tem noção das consequências danosas do que estes comentários podem originar.
Este sujeito está fodido para o resto da sua vida. Maldito broche que lhe vai destruir a vida familiar e profissional. Que mundo é este em que vivemos? Onde está a tolerância?...Onde está o respeito pelo próximo...Humanismo?!?! Esse´, só nos livros e nas bocas de gente hipocrita.
Fiquei perturbado quando soube disto, não propriamente por ele ter sido apanhado, mas sim por não ser um anónimo na instituição e constituir assim motivo de conversa e chacota. Que mal tem em ser-se gay? Se fosse apanhado a fazer um cunnilingos à secretária seria motivo de conversa para uma semana e depois acabava. Mas não, foi um broche a outro homem.
O mal foi a escolha do sitio…maldito broche!

domingo, fevereiro 11, 2007

O olhar gay


Atendendo ao desenrolar dos comentários ao post anterior entre a Aenima e o Serrano e que acabaram por falar naquele olhar, acho um tema interessante para aqui fazer uma entrada ao tema: O olhar gay
Ainda antes de conhecer o mundo gay e os seus códigos, quando entrei na adolescência apercebi-me que existiam alguns olhares masculinos que se fixavam nos meus olhos, mesmo que por milésimos de segundo, e com eles algo se fazia acompanhar. Anos mais tarde quando tomei a consciência de que era gay – embora sempre admitisse que era diferente dos outros – e quando comecei a frequentar a gay scene depressa me apercebi que o olhar entre gays é de facto denunciador de uma intenção, de um propósito, de uma confirmação e até mesmo de um desejo. Comecei a brincar com isso, investi-me numa procura de quem era gay no meio que me rodeava e depressa identifiquei uns quantos que mais tarde vim a confirmar as minhas suspeitas. E posso dizer que entre eles se encontravam homens mui machos, com namoradas e até mesmo esposas. Se me perguntarem se eu identifico se um homem é gay somente pelo olhar não consigo objectivar uma resposta precisa e científica, mas que de uma forma geral todos os gays se conhecem pelo olhar é um facto. Talvez como o Serrano diz talvez seja uma “intuição, sexto sentido”, não sei mesmo. Deve ser algo que todos os gays comportam no seu património genético, uma forma quase telepática de se comunicarem entre si pelo olhar.
Ainda outro dia num centro comercial, estava acompanhado por uma colega, e aparentemente fazíamos um belo casal para os olhos de quem não nos conhecia, e diverti-me a fixar olhares de homens cuja resposta se fazia sentir de imediato - também há que notar que os centros comerciais são espaços previligiados para este tipo de encontros...
Quanto ao olhar gay…esse vale mais do que mil palavras.

domingo, fevereiro 04, 2007

Um domingo de esplanada...

Finalmente um dia de sol, embora o frio tenha-se feito mostrar. O que se previa um domingo fechado em casa a avaliar relatórios de forma pouco eficaz, tornou-se num simpático e diferente dia de trabalho. Após telefonema para dar uma volta até à Costa da Caparica, ficar sentado numa esplanada a beber qualquer coisa quente e pôr algum trabalho em dia, foi um desafio irrecusável. Costa da Caparica aí fomos nós: a minha companhia, colega de trabalho (fêmea) levava um chorrilho de revistas de decoração – e qual delas a melhor – eu lá levei uma pasta com três relatórios para avaliar…
Desafio: encontrar uma esplanada de praia que estivesse aberta…corremos as praias todas, na esperança de encontrar um espaço agradável para aí permanecermos. Tudo fechado!! As praias até tinham muita gente de passeio, mas as esplanadas todas fechadas!...que desperdício!
Aproximamo-nos da Praia da Bela Vista….sim essa!!!... Para nosso espanto, avistámos ao longe o parqueamento cheio! A minha amiga diz: “Esta tem de estar aberta, com tantos carros!...” Eu pensei cá para comigo “Burra!…não fazes mesmo ideia…”
Aproximámo-nos e para surpresa da minha colega – e não minha! – os carros tinham os seu ocupantes dentro, e vá se lá adivinhar….todos do sexo masculino…
Depressa senti aquele friozinho pela espinha, acompanhado da excitação, que já tinha esquecido, do engate…fiquei taquicárdico por estar ali. Recordei os tempos de loucura em que com um amigo meu brincávamos com isso: corríamos os locais de engate todos, fingíamos que estávamos interessados e depois fugíamos. O fascínio pelo abismo levava-nos a esses locais, mas o medo de um futuro incerto excedia esse frenesim.
Portanto, nunca fui de engates fortuitos, mas conhecia os locais principais de engate e aquele claro que o conhecia, mas fazia anos que lá não punha os pés. Aliás, a última vez que fui à Praia 19, deve ter sido há uns cinco anos.
Ora estavam dentro dos carros, ora circulavam pelo estacionamento como quem não quer a coisa…Lembrei-me imediatamente do filme Cruising do William Friedkin com o Al Pacino, uma vez que havia um sujeito fora do carro, que nos fixou imediatamente, e que envergava um casaco e calças de cabedal – muito S&M – e ostentava um bigode tipo Big Bear, muito anos setenta…
Decidimos sair do carro, ao que ela diz “Olha isto tem um ambiente estranho, não tem?…” Claro que me fiz de desentendido e saí só para confirmar se a esplanada estava fechada, e estava. Regressei ao carro.
- “Vamos embora… só nos resta a Fonte da Telha!”
Lá fomos.
Passou-se uma tarde agradável, no meio de famílias com criancinhas aos gritos, gente sozinha acompanhada por livros, namorados adolescentes a trocar beijos entre lambidelas de gelados e a paisagem de um mar com alguns surfistas. Foi muito bom!
O Big Bear não me saiu da cabeça, não por uma atracão física, mas talvez pelo magnetismo do seu olhar.
O frio começou a sentir-se por volta das 17h00 e lá regressámos a nossas casas. Ela mais sapiente em decoração e eu, mais confuso nas minhas análises e avaliações…

sábado, fevereiro 03, 2007

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

STOMP!!!!....


I'll be there!!!

Hoje à noite no Casino de Lisboa...
Não sei se leve as plumas e os tacões altos!!! Pois não hão de fazer mais barulho que eu!....