domingo, novembro 18, 2007

Falling Down ou o depois do Glamour

Falling Down é o novo titulo dos super 80's Duran Duran. O video já está a causar alguma polémica e fácilmente se percebe porquê. Retratam o depois das passereles, o depois da revistas, a decadência pós Glamour. Análise grotesca de uma instituição psiquiátrica para modelos. A musica até é agradável e o video muito bom.

domingo, novembro 11, 2007

Fim de semana para esquecer e para recordar...

Fim de semana de nostalgia. No inicio da semana comprei um brinquedo novo: um gravador DVD, que serviu de terapia ocupacional aos últimos acontecimentos da minha vida. Passei parte do sábado a passar as minhas antigas cassetes VHS para formato DVD. As casssetes remontam a 1988, repletas de “telediscos” de então e os mais variadíssimos programas de televisão. Foi estranho estar a rever gravações de há tanto tempo. Como eu me lembro daquelas alturas em que no 2º canal - tempos em que só existiam dois canais - passava uma coisa com o nome de “Music Box” e o “Countdown”. Que saudosismo desses tempos, em que faltava, por vezes, às aulas da tarde para assistir aquilo que de mais moderno se ouvia em termos musicais, ao contrário de hoje, com responsabilidades e com desencantos na vida.
Por falar em desencantos… tive uma valente discussão com a minha cara metade. Ainda estou para perceber o porquê daquela mudança de comportamento… aliás, sei… conheceu alguém que lhe deu volta ao miolo. Nunca estive tão seguro disso como agora, e ele confirmou-o… “alguém mais carinhoso” que eu – nos últimos tempos acusava-me de ser frio – alguém que não tem doutoramentos para dedicar o tempo, alguém, certamente muito melhor que eu. Há umas semanas teve um jantar de serviço, de “gente muito hetero” segundo ele, mas não sei como foram as coisas, que acabaram todos no Finalmente…estranho, não?! Para gente homofóbica e a frequentarem o Finalmente é no mínimo suspeito… desde essa noite que veio diferente. Mais preocupado com a barriga, mais preocupado com os pelos no nariz, quando em tempos me acusava – por ter essas preocupações – que eram coisas de bicha frustrada e insatisfeita… no que se transformou…
Já tivemos alguns baixos, mas depois daquilo que ouvi na outra noite não sei se estarei disponível, mais uma vez, para me submeter a arrependimentos. Já foram muitas as vezes que saiu disparado de casa a meio da noite, mas desta vez acho que foi de vez.
Pela primeira vez estou triste, mas tento me manter racional para a realidade das relações entre gays – enquanto dura, vida doçura – que podem durar, mas os laços – prefiro a expressão inglesa de bonds, por achar que é uma expressão mais forte – são sempre corruptíveis, mais tarde ou mais cedo. Acredito que a ida ao Finalmente lhe tenha despertado o frenesim do engate, alguém que terá correspondido e que ele terá pensado que afinal ainda pode dar umas voltas por aí… Um amigo do passado uma vez disse-me “A noite é muito boa para acabar ralações!..." e dou-lhe razão…
Vamos ver… já passaram dois dias que não nos falamos, olho para o telefone na esperança de ter alguma mensagem ou alguma chamada não atendida… sei que hoje anda pela Feira da Golegã, nunca perdíamos uma. Hoje, foi com outro alguém que não eu…
Não sei se vou continuar disponível para amar… (parece-me nome de filme…)
Foi bom num entanto rever os baús das memórias, foi bom rever e ouvir os Climie Fisher, os Milli Vanili, Holly Johnson, Frankie Goes to Hollywoond, Kim Wild, Brother Beyond, Jody Watley, Transvision Vamp, Then Jerico e outras caramelices que faziam as delicias dos meus ouvidos de há vinte anos atrás…

Vamos ver o que daqui por vinte anos vou eu recordar.

terça-feira, outubro 16, 2007

Back in business!!! hehehe

De facto I’M not dead!!! Estou em pleno isolamento tecnológico Casa nova e estou a aguardar linha telefónica desde Agosto… sem linha telefónica, não há telefone fixo – que me permite falar horas a fio, ao contrário do telemóvel – não há Internet – não quero gastar dinheiro nem em Kangoros nem nada parecido, uma vez que já tenho o kit do Sapo Adsl - e o mais grave de tudo: só tenho quatro canais de televisão e todos eles com aquela tradicional chuva de uma antena interior. Se bem que podia contratar a TVcabo por satélite, mas estou a aguardar ansiosamente pelo MEO da PT. Se a PT não tivesse o monopolio das telecomunicações terrestres – a cedência de linha, entenda-se – já os tinha mandado passear pela incompetência a “passar cabos” pela minha rua.
Mas de resto tudo bem… ainda existem caixas amontoadas pelas divisórias da casa ainda não ocupadas. Sim, porque quem passa de uma casa de duas assoalhadas para uma de cinco fica ainda a contar os tostões para o devido preenchimento… Contudo, ainda não me habituei aos sons da casa, nem á bisbilhotice de um vizinho de 75 anos que dá conta de tudo… mas tá-se bem…
Fui surpreendido na semana passada com uma viagem de trabalho aos Açores. Deu para passear um pouco, mas acho que consegui trabalhar mais ainda. Os fins de dia deram para ver os estilos de vida saúdavel que aquela gente tem: juntam-se em grupos e fazem jogging pelo pontão da Marina, ou então fazem caminhadas pelo Monte Brasil. Adorei ver, como os invejei por momentos. No entanto pude ver algumas consequências da insularidade, nomeadamente quanto ao preço de alguns artigos que aí se vendem comparativamente com aqueles que são praticados no continente. Há mais gente a viver em casas alugadas uam vez que as casas próprias são muiot caras tendo em conta que os materiasi vêm todos de fora. Há muita gente a ir aos EUA, ou até mesmo a outros países da Europa, alugam contentores e compram ai os materiais de construção visto ficar mais barato do que trazer do continente.
Tive ainda a oportunidade de ver o Presidente da Republica na sua visita pelas ilhas. Fique de alguma forma surpreso pela pouca ou nenhuma receptividade que os populares lhe fizeram. Eram mais os seguranças que povo – e isto é mesmo a sério!
Fiquei a saber que o pescado durante a noite, ia na sua grande maioria para o Canada logo pela manhã. Atendendo ao fuso horário para nesse pais, este pescado português chega às peixarias e mercados norte-americanos logo pela manhã. Curioso…
De resto têm sido uns dias muito intensos especialmente pela integração de novas tecnologias da informação no meu local de trabalho, ao qual eu fui nomeado responsável… Já tinha trabalho que chegasse… este foi mais um…
Tá-se bem…
Beijos e abraços
não consigo fazer uploads de imagens :(

terça-feira, outubro 02, 2007

I' NOT DEAD

I' NOT DEAD....


I'll be back....soon....

terça-feira, agosto 07, 2007

Mudanças com recordações (por vezes agri, por vezes doces)


Em mudanças…
Nada como uma mudança de casa em pleno mês de Agosto para nos animar a alma e estimular o físico. Se bem que a ideia de ir mudar de poiso me agrada, sinto que vou encerrar um ciclo da minha existência. Foi uma casa que acolheu amores e desamores… e algum sexo (risos…)
O simples acto de recolher livros para os encaixotar demora uma eternidade: olho para a capa, olho para o titulo, vejo a data em que o comprei e recordo as circunstancias e motivações daquela compra. É curioso que me recordo da compra e/ou oferta de todos eles. Nenhum me traz indiferença. É um sentimento que me tem trazido alguma nostalgia, pois junto dos livros, por vezes, encontro pequenas mensagens cuja recordação ora me deixam com um sorriso nos lábios, ora um sentimento de perda. Até umas cábulas de psicopatologia encontrei e mesmo assim, com erros! - Este foi um dos motivos que me fez largar uma gargalhada! A primeira vez que experienciei este sentimento foi quando deixei o meu primeiro emprego. Esvaziar um cacifo com tralha que eu até já me tinha esquecido. O mesmo está a acontecer agora. Encontro coisas cuja utilidade é duvidosa e que o impulso primário é guardar - pelas recordações trazidas - depois vem a racionalização “Para que é que eu vou guardar isto?”. O isto inclui cartas de adolescente, postais de aniversário, colecções de recortes de revista, caixas de fosforos de sitios estranhos, bilhetes de transportes de fora do pais, enfim…fui guardando tudo. E agora? Deito fora? Guardo para daqui a 30 anos quando o alzheimer se tiver instalado e então deitar tudo fora por ser desprovido de sentido... mas depois penso "vou deitar estas cartas fora? será que depois na reciclagem de papel alguém não as vai ler?!". - Estupido, não?! mas só de pensar que vou deitar fora, uma coisa que era minha e que alguém, por razões várias, possa ter acesso, traz-me um sentimento de violação que me impele a guardar tudo religiosamente. É o meu traço mais obcessivo... ou será esquizoide? Esta ambivalencia dá conta de mim!!!
Confesso que tencionava fazer a mudança toda este mês…mas pelo andar da carruagem, creio que não vou cumprir o planeado.
Hoje esteve um dia bestial, não arrumei nada. Estive a banhos e a expor-me ao carcinoma da pele durante a tarde toda…
Boas férias a todos e protejam-se do Sol!!

quarta-feira, junho 27, 2007

Será preconceito?


Fui jantar em casa de amigos que remontam à minha adolescência inocência. Éramos inseparáveis e anos mais tarde acabaram por casar e hoje têm uma filha com três anos. A nossa proximidade diminuiu uma vez que os nossos interesses intelectuais caminhavam em direcções opostas, e depois veio a faculdade, cursos opostos em que um desenvolvia o estudo humanístico e outro o raciocínio lógico-matemático. O nosso grupo de amigos foi se modificando, mas mantivemos sempre um cordão umbilical que nos une, e sempre que há merda para o lado deles eu constituo aquele que sabe ouvir os desesperos e desaires das suas vidas…
O jantar foi agradável, conversámos de tudo, revivemos asneiras que fizemos no passado, partidas que pregávamos a terceiros – nada simpáticas, por sinal – enfim foi um serão a reviver memórias do ensino secundário.
A filha a determinada altura começa a fazer uma birra de sono e a F. foi deitá-la no quarto quando o J. me diz, para o meu espanto e indignação, que eles tinham aderido a um clube de swing…
Eu não queria acreditar, mas ele até me mostrou as fotos da F. vestida de látex… fotos essas necessárias para o perfil desse mesmo club. “Não digas nada a ninguém!...” - claro que nunca iria contar - mas fiquei em estado de sitio uma vez que me faz uma impressão bestial o conceito da troca de casais. “Isso não é infidelidade! È comum acordo…é só sexo, é tudo físico, e não há sentimentos…” – Quê ?!?!?
Nunca fui adepto do sexo ocasional, pois sempre fui motivado pelo pânico das doenças e gente com hábitos higiénicos suspeitos, e estou agora perante um amigo que diz ser uma coisa banal e puramente física.
Estarei a ser preconceituoso?

quarta-feira, junho 13, 2007

De volta…

Depois de uma ausência, por um lado provocada por outro lado inevitável, aqui regresso com muito ou nada para escrever. Nestas semanas que passaram passei por momentos felizes, menos felizes e de ausência de afectos por completo…

A atracção pelo abismo é realmente assustadora. Afastei-me de gente simpática e agradável, com um medo terrível de aproximações às quais não conseguisse vir a controlar. Lá vou continuando a fazer caminho pela estrada amarela à procura do meu feiticeiro de Oz. Hoje olhei para os sapatos vermelhos da Dorothy, mas não os consegui calçar…LOL…

O meu irmão mais novo casou…tudo muito bem: cerimónia agradável, gente pedante e snob – de referir que o meu irmão foi absorvido pelo pedantismo da linha de Cascais – pelo que os convidados constituíam uma amostra significante dos especímenes que por lá habitam…mas isso não interessa nada! Revi família que não via há muito, e com eles a inevitável pergunta/constatação “Então e tu? Quando é que te casas?...o teu irmão passou-te à frente…”. Momentos constrangedores acompanhados de uma auto-decepção não só para mim, mas pela decepção dos meus pais…eles já perceberam que não me irei casar e finalmente concretizaram o sonho de casar um filho, mas não o filho mais velho como seria expectável… No final desse dia a minha mãe disse-me, com alguma emoção e talvez decepção, “Obrigado por teres pedido um mano…”. – história antiga… o facto de eu ter um irmão, deveu-se à minha insistência de quando tinha seis anos de querer um mano para brincar. Hoje, está casado e com planos para aumentar a família e eu aqui à espera de ser simplesmente tio… aquilo a que se chama o relógio biológico também já deu sinal em mim, como eu gostava de ter um filho… mas porra, as mulheres não me excitam! E tenho duvidas que alguma esteja disposta a fazer o “sacrifício” de se deixar emprenhar por inseminação artificial… começo a recear o futuro. Não tenho medo da solidão, pelo menos agora…

Finalmente incompatibilizei-me com o meu orientador. Se a investigação é minha, porque é que ele não há de gostar da temática?! Assunto encerrado! Bardamerda! Finalmente conheci os meus limites da paciência. Resta-me agora chorar o dinheiro que gastei na faculdade para uma orientação de qualidade…. Vou levar a minha proposta a Espanha. Estive lá na semana passada, espaço agradável, com gente simpática e sempre muito disponível para esclarecer todas as minhas dúvidas, mesmo quando falava aquela coisa de portunhol…porque é que todos os portugueses pensam que sabem falar espanhol? Nunca percebi… e eles, acho que também não…LOL
Visita inevitável ao El Corte Ingles. - Porra! É tudo mais barato! Comprei um dicionário de português-espanhol... instrumento que espero vir a dar muito uso. LOL

Estou de volta à prática, vou deixar a secretária por dois meses. Como já sentia falta deste frenesim… tantas vidas que se cruzam, tantas estórias que se ouvem. Como por vezes somos tão exigentes e insatisfeitos, quando existem outros que nada têm...

Prestes a mudar de casa... vai ser um verão a fazer mudanças... no entanto, as chatices já começaram a fazer-se sentir: não é normal uma casa nova ter fugas de água pela parede!!!
Mas como dizem... um mal nunca vem só...
...da-sseee

quarta-feira, maio 23, 2007


‘Dizem sempre que o tempo muda as coisas, mas na realidade somos nós próprios quem tem de as mudar.‘


ANDY WARHOL

segunda-feira, maio 14, 2007

Fotos de um concerto memorável







George Michael...finalmente...

Quando comecei a ouvir o George Michael, ainda no tempo dos Wham, tinha eu 13 anos. Depressa foi um grupo e música associada às miúdas e aos panascas, pelo que eu só podia demonstrar satisfação na sua audição em ambiente protegido e este seria em casa. Comprava às escondidas os discos e as revistas Bravo para poder coleccionar as fotos dos meus ídolos de então: os Wham e a Madonna. Associação bombástica!! Mais gay não podia ser…
Ainda me lembro de quando se ouvia nas festas de escola o Wake me up before you go-go, que me dava uma vontade imensa de dançar, mas como essa musica era apanágio de um determinado género ficava-me por imaginar o teledisco de então em que o George Michael ostentava uns calções reduzidos e um rabinho de perder a cabeça…
Passaram-se 22 anos e finalmente pude ver o meu ídolo destes anos ao vivo e a cores.
Ao fim de três semanas insuportáveis e intratáveis, este foi o melhor tratamento para impedir um despoletar de uma depressão que me estava a assombrar.
Ao contrário daquilo que se disse, que se esperavam vender 40 000 bilhetes, tendo sido vendidos 27 000, o estádio aparentemente estava cheio. E digo aparentemente pois consegui ficar a poucos metros da passadeira que entrava pelo público adentro, não tendo muita noção do que se passava trás de mim.
Foi comprovado que, mesmo com 43 anos, este homem reúne um potencial vocal invejável. No entanto a set list podia ser um pouco melhor, uma vez que ele cantou umas quantas baladas quase desconhecidas de uma grande maioria do público. Os momentos altos da noite foram: Flawless, Everything she wants, Shoot the dog e inevitavelmente o Outside em que a grande comunidade gay presente se fez notar com grande entusiasmo. Os encores não podiam deixar de ser o Carless Whisper e Freedom. Não me lembro de dançar tanto num concerto como este.
Numa das musicas, as quais desconheço o nome – as tais que a grande maioria desconhecia – fazia-se acompanhar por umas imagens onde se podiam ver corpos entrelaçados sugerindo actos sexuais entre homens e mulheres, entre mulheres, e entre homens… não podia ser mais explicito, pois não?!?
A interacção com o publico podia ter sido um pouco melhor. Embora existisse uma passadeira circular que entrava pelo relvado dentro, fez pouco uso dela. Creio que deve ter tido medo de alguma reacção mais efusiva de algum fan, uma vez que esta passadeira possibilitava uma proximidade física muito grande com publico.
Cá fora, antes do espectáculo e como já disse a comunidade gay era mais que muita. Pelo sotaque devem-se ter mobilizado dos quatro cantos do pais, e de Lisboa nem se fala…caras que eu conhecia da noite de há muitos anos lá estavam, mas com uma pequena diferença…excessivamente magros…
De resto…foi, seguramentte, dos melhores concertos ao vivo que assisti nos últimos anos…
…e não fazem ideia do bem que me fez!
Obrigado a todos que por aqui passaram e estranharam o meu silencio.

sexta-feira, maio 11, 2007

Burnout…


Nada como habituar – mal – os outros a dar resposta adequada e atempada a todas as solicitações. Graças a esta virtude, vou-me afundando em trabalho incapacitando-me de ter vida própria, passando a responder de forma automata às minhas actividades de vida diária enaltecendo essa nobre actividade que é o trabalho.
Afastei-me de tudo e todos, ou melhor, deixei de me ligar a todos aqueles cuja filiação me fazem sentir vivo. Acho que estou a entrar em burnout. Deixou de ser uma sintomatologia que apenas conheço dos livros e das teorias mas passei a integrá-la como uma sintomatologia presente e perturbadora que me impossibilita de ser quem sou, de ter vontade própria. De mandar pró caralho todos aqueles que se julgam possuir algum poderzinho, em que adoram mandar, delegar, e responsabilizar outros – EU – e de nos recordar, ocasionalmente das nossas competências e posição na hierarquia…portanto… “O trabalho tem de ser feito…”
O Burnout ou os efeitos da violência psicossocial, para outros, esclarece-se, ou melhor, define-se pela produção de um desequilíbrio entre a capacidade de trabalho e o próprio trabalho em si…
A obrigação de trabalhar sem que seja exigido um doseamento adequado é o equivalente a exigir um trabalho muscular ou de resistência acima da capacidade muscular, respiratória ou cardíaca. Conhecem-se os limites destes órgãos físicos, mas também é igualmente conhecida a limitação neurológica, com a agravante de que a reposição neuronal é ainda, nos dias de hoje, irreversível – esperamos que no futuro, estes entrem num processo de replicação sempre que precisemos…
Devia regrar-me às minhas limitações físicas e cognitivas de forma a que os padrões laborais que me regulam - ou tentam regular - não me afectem a saúde. “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença.” – OMS


Um convite de última hora…George Michael em Coimbra amanhã. E porque não?
Os bilhetes já cá cantam...

domingo, abril 22, 2007

Kiss me

Simplesmente uma delicia....

terça-feira, abril 17, 2007

300.......belos homens!!!


Após a leitura de alguns blogs que faziam referencia ao filme 300, não consegui resistir à curiosiosidade… Ainda não sei dizer se gostei se não…acho que é um filme de excessos: Barulho e fúria. Cada efeito, cada plano é posto ao serviço do mito de Léonidas e o seu fiel Spartiates. Cada música, cada som é amplificado de forma a magnificar o heroísmo do seu sacrifício. A imagem tem demasiado grão – que confesso que acho que lhe confere um certo romantismo - a fotografia é muito saturada, e envolve texturas e tecidos que esvoaçam devagar, todo e qualquer elemento está ao serviço da composição e o de um movimento perpétuo.
As cenas de violência, que constituem uma grande parte do filme, os combates excelentemente coreografados parecem uma dança macabra onde a hemoglobina encontra maré-cheia...
No entanto, não posso negar a indubitável beleza dos corpos trabalhados dos actores. Sem dúvida um filme com uma carga homoerotica muito presente. Deve ser dos poucos filmes ditos normais, cujo casting de actores foi feito com as mesmas premissas dos filmes gayporno: homens com músculos trabalhados e abdominais bem definidos…se bem que muitos desses abdominais eram desenhados em algumas barrigas…
Alguém tem duvidas que a imagem gay não seja vendável?!...

sexta-feira, abril 06, 2007

Boa Páscoa a todos








Desejo a todos uma Feliz Páscoa.

Recomendações: cuidado com o excesso de doces, nomeadamente chocolates e amendoas. Quanto às amendoas, não as triquem pois correm o sério risco de partir dentes - o que iria agradar muito o vosso estomatologista.
Divirtam-se quanto possam: vistam-se de coelhinhos, mas por favor não tentem pôr ovos....LOL
Beijos e abraços a todos os que me alegram e me fazem reflectir com os vossos blogs e comentários.
Um grande bem haja a todos.

domingo, abril 01, 2007

Dia de Feira em Cascais…

Fazia muito tempo que não ia à famosa feira de Cascais. Ontem, verifiquei que hoje seria o primeiro domingo do mês, portanto iria haver feira em Cascais.
Levantei-me às 8.30, encontrei-me com os adeptos das compras e lá fomos pela A5, parámos para beber café na estação de serviço da Galp, levantámos dinheiro e direcção a Cascais lá fomos. Á medida que me ia aproximando da praça de touros comecei a perceber que não existia o fluxo de carros habitual em dias de feira.
Chegámos à Praça de Touros, ou melhor o que resta dela… Não sei se são obras, se é mesmo uma demolição. Fiquei triste não propriamente pela praça de Touros, que nunca fui muito aficionado por essa estranha forma de arte, mas pelo facto de não haver feira!!!!
Começamos, cada um de nós a fazer os devidos telefonemas a todos aqueles que nos pudessem esclarecer mas, como manhã de domingo que era, aos telefonemas só respondia o atendedor de mensagens…
Avistámos um senhor muito simpático, por sinal, e lhe perguntámos pela feira. Informou-nos, então, da mudança de sitio…
Lá voltámos para trás a caminho do Cascais Shopping, uma rotunda, um desvio à direita e outro à esquerda e lá estava o novo recinto da Feira de Cascais…um verdadeiro campo de concentração e com policiamento a todas as portas.
Comecei, imediatamente, a delirar por toda a contrafacção que iria encontrar: Ralph Lauren, Gant, Tommy, Lacoste, por ai… todas aquelas marcas de roupa e de adereços que nos fazem parecer bem em determinados contextos e a bom preço…
Desilusão total! Contrafacção nem vê-la! - a não ser uns relógios e uns óculos de sol para senhora.
O espaço passou a ter um ordenamento digno de parque de campismo, com ruas definidas e até circuitos para evacuações de emergência! Perdeu-se totalmente o espírito de feira, dos encontrões, dos pregões dos ciganos - que por vezes roçavam o ordinário – as tias com sacos da Lojas das Meias e do El Corte Inglês a encher com tudo o que é contrafeito – elas agora deixaram de ir…aqui dá-se mais nas vistas... - os amontoados de gente de volta das bancas dos ciganos, as ciganas velhas com cestas cheias de camisas a vender nos caminhos… Perdeu-se o imundo e o sujo misturado com as marcas caras…perdeu-se o pitoresco, perdeu-se tudo e acima de tudo perdeu-se a verdadeira feira de ciganos!
Não gostei mesmo nada, creio que não irei lá voltar tão cedo.
A única coisa que comprei foi um pãozinho com chouriço que esse, ainda se mantém igual!

segunda-feira, março 26, 2007

Numa de mudar de casa...

Se bem que quando comprei a minha casa há quase 10 anos me servia muito bem, hoje com as mesmas duas assoalhadas não consigo conviver comigo mesmo...tornou-se muito apertada. Se não é no quarto é na sala, se não é na sala nem no quarto é na cozinha. Fartei-me! Fui subitamente invadido por um sentimento de claustrofobia. Preciso de um quarto, uma sala e de um escritório.
As voltas têm sido muitas...até que descobri um condominio liiiiiiiiiiinnnnnnnnnnndooooooo! Mas se calhar tem assoalhadas a mais. Perguntei ao vendedor qual era a tipologia, ao que ele respondeu T4, T5, T6, e T7. Perguntei se podia ver a mais pequena...ou seja a de cinco assoalhadas...sim porque as T6 e T7 já estão todas vendidas....humm....estranho para um país a atravessar uma crise...se calhar a crise nem é assim tanta...NOT!
Lá fui ver a casa de 5 assoalhadas..."mas para que é que eu quero uma casa tão grande?"... Garagem para dois carros, sala, escritório, suite e dois quartos. 3 casas de banho (?!?!?) e uma piscina (comum aos condominos) digna de aldeamento turistico...
Preço...muito bom! Mas mesmo muito bom...
Vamos lá agora aos papeis para ver se consigo empréstimo... já me perguntaram para que é que eu quero uma casa tão grande, ao que a minha resposta se limita a "é porque não têm mais pequenas!"...
Portanto, acabaram-se as férias no estrangeiro nos próximos anos e o carro tem que se manter por muitos mais...
Até parece que já me estou a ver a ir de marmita para o trabalho...

terça-feira, março 20, 2007

Normal...a-Normal...



Depois de ter lido em algures pela blogosfera que não “existe normalidade mas sim um padrão de regularidade” levou-me a pensar sobre o assunto e depois de ontem ter visto o Fur com a Nicole Kidman acho que fiquei mais confuso ainda… O que será o normal? Será aquilo que se está habituado a ver? E tudo o que fôr fora desse padrão deixa de o ser?...
Este filme, Fur- Um retrato imaginável de Diane Airbus é o expoente actual da convivência com a anormalidade. Não conhecia a fotografa, conhecia alguns trabalhos dela, mas longe de mim pensar as teias de relacionamento que conduzem a uma estranha forma de arte. È um retrato imaginável mas que se cruza, certamente, com aspectos reais da sua vida. Mas paira a duvida: o que foi real e o que é ficcionado? Gera, igualmente a duvida: o que é normal e o que é anormal? Normal é o que está dentro da norma…e o anormal, certamente, será o que está fora da norma…mas será que a vida é tão linear assim? Será que existe um véu que separa o normal do anormal? Ou será uma muralha da China?...eu sou normal…eu acho…alias, tenho a certeza. Mas será que serei normal face às regras e padrões de uma sociedade homofóbica, por exemplo?
Diane Airbus, mulher proveniente de uma aristocracia norte americana, casada, a exemplar esposa submissa do marido que vem a descobrir um submundo de marginais, de estranhos, de aberrações, de tudo o que não é normal. Apaixona-se por um “anormal” e os dois desenvolvem uma estranha poesia de amor. Dois mundos opostos tocam-se eliminando a barreira da normalidade…lindo!
– certamente é um filme que não irá agradar a todos, pela sua anormalidade…..
Mas o que será a normalidade? E será que existem vários tipos de normalidade? Por exemplo: A Normalidade convencional, que segundo alguns os autores, é a normalidade a priori, pré-determinada, fixa, estabelecida e concertada. É a normalidade "decretada” pelas leis, pelos costumes, pela ética ou por quem disponha de poder para decretar normalidades. Os limites da normalidade convencional são variáveis, segundo sociedades, culturas ou épocas… na Grécia antiga existiam hábitos normais que nos dias de hoje são altamente condenáveis…poratnto, deixou de ser normal!
E depois há a Normalidade estatística, que é sem dúvida a mais cómoda. Desde que se atinja o 66 % de uma população, já se considera a normalidade.
Ao sujeito as normas proporcionam protecção, segurança e acolhimento, e à sociedade estrutura enquadramento, limites, linhas de orientação para o comportamento, postura e valores. Tanto o comportamento próprio como o dos outros encontram-se regulamentados previamente estabelecidos, sendo portanto calculáveis, avaliáveis e previsíveis.
Mas atenção, as normas da normalidade também têm a sua utilidade, permitem poupar esforços de adaptação em cada nova situação.
Portanto, onde começará a anormalidade?

do filme Freaks (1932)

...trabalho com muitos normais que são verdadeiros anormais…dá para entender?!?

terça-feira, março 13, 2007

Un chant d'amour - Ainda sob a égide do cinema gay



"Un Chant D'Amour" é o título de um filme de Jean Genet, de 1950, com origem em França, e é considerado o primeiro clássico do cinema gay.
Narra a história de dois homens presos cada um na sua cela e o envolvimento amoroso que eles conseguem estabelecer mesmo não estando em contacto fisicamente e nem tão pouco se conseguindo observar. Trata acima de tudo a necessidade que existe em comunicar entre seres vivos.
É um filme com uma carga erótica muito forte e mesmo sem diálogos consegue transmitir um conjunto de emoções, sentimentos, fragilidades e constrangimentos.
O homem não foi feito para estar isolado.

PS- filme com a duração de aprox. 25 minutos

segunda-feira, março 05, 2007

Sweet movie...

Ennis: I figure we got a one-shot deal going on here.
Jack: It's nobody's business but ours...
Ennis: You know I ain't queer.
Jack: Neither am I...
...

Jack: Tell you what, we coulda had a good life together! Fuckin' real good life! Had us a place of our own. But you didn't want it, Ennis! So what we got now is Brokeback Mountain! Everything's built on that! That's all we got, boy, fuckin' all. So I hope you know that, even if you don't never know the rest! You count the damn few times we have been together in nearly twenty years and you measure the short fuckin' leash you keep me on - and then you ask me about Mexico and tell me you'll kill me for needing somethin' I don't hardly never get. You have no idea how bad it gets! I'm not you. I can't make it on a couple of high-altitude fucks once or twice a year! You are too much for me Ennis, you sonofawhoreson bitch! I wish I knew how to quit you...
Ennis: Well, why don't you? Why don't you just let me be? It's because of you that I'm like this! I ain't got nothing... I ain't nowhere. Get the fuck off me! I can't stand being like this no more, Jack.

I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you...

sábado, março 03, 2007

Semana de juri....hehehehe

Semana sem fim…longe da minha vida, longe do computador, longe do blog…
Foi uma semana de juri…Os meus dias pareceram não ter fim: a começar às nove e a terminar com horários entre as 19h e a 1h da manhã, tudo para avaliar currículos e respectivos meios de prova. Embora o acto de avaliar seja complexo existem grelhas, com indicadores e critérios de avaliação de forma a reduzir, tanto quanto possível, o carácter sempre subjectivo que subjaz a um processo de avaliação. Dei gargalhadas acompanhadas de desespero pelo facto de ainda existirem pessoas que confundem actividade académica com participações desconexas em programas da Fátima Lopes…Dei cabeçadas na parede por confundirem projectos com actividades de conteúdo funcional dos serviços…meu Deus!... onde é que já se viu que uma organização de uma videoteca ou a organização de ficheiros constituirem projectos profissionais?!?!?! Como é que ainda existem dúvidas daquilo que é um trabalho de investigação…será que não sabem, ainda, que existe uma coisa chamada de método cientifico?!?! Que pode ser realizado aqui e replicado na China?!...
As gargalhadas foram muitas…estou desejoso de ver os primeiros outputs das colocações. Não posso deixar de reparar nos currículos bem organizados, bem fundamentados e reflectidos, versus daqueles que embora tenham muito e com alguma qualidade por vezes, descuraram por completo uma organização de pensamento e que não convencem o leitor…

Foi uma semana de cão!...
Sexta e Sábado, Montemor-o-Novo, acompanhante em congresso, para descansar…
Cheguei agora ao meu mundo: os mails o trabalho e aulas para preparar…
- que venha segunda-feira!!!!


sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Uma forma de voyerismo cibernético

Acho que me tornei num stocker, num voyeur…a vontade de querer saber quem está do outro lado dos cabos de fibra óptica tem dado comigo em doido. Felizmente que existem coisas tipo Hi5 com fotos, onde todos podem sublimar a sua falha narcísica e assim vão satisfazendo a minha curiosidade quase doentia de conhecer as caras de uns e de outros…mas isto preocupa-me…acabo por fantasiar sobre aquela cara pois a pessoa é me estranha. Desperta-me uma ambivalência de sentimentos que por um lado gostaria de conhecer, mas por outro a incerteza do desconhecido acompanha-me. E quem vê caras…
Ainda gosto de ti…sabes…se tinha incertezas que estavas longe hoje tenho a confirmação. Estás a dormir na minha cama e eu desinteressadamente virei-te as costas e ando perdido por entre os cabos de fibra óptica e entre bytes e pixeis…
Hoje estou assim…amanhã estarei melhor…mas que gosto de ver o Hi5, gosto!... as férias, os animais de estimação, os amigos, as melhores poses…

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Como um broche pode destruir uma vida…

Não se fala de outra coisa: as empregadas da limpeza, os seguranças, os funcionários de diferentes postos de trabalho e hierarquias, tudo fala do mesmo…
Segundo se consta um funcionário desta organização, que por seu lado é casado, filho de gente importante na casa, foi apanhado a fazer um real blow job a um homem nas traseiras do edifício.
Como apanhar a ver não foi o suficiente, e como a pessoa em questão tem responsabilidades profissionais e até mesmo alguma visibilidade, atendendo às funções que aqui desempenha e uma vez que os seus progenitores também aqui trabalham, chamaram os seguranças a informar do que estava a acontecer, e exigiram que estes inergumenos exigissem as identificações dos perpetradores do acto.
Escusado será dizer que o tema de conversa do dia e dos próximos tempos será o broche que o sr (…) fez…"E que é um ganda panasca..." Gente ordinária que não tem noção das consequências danosas do que estes comentários podem originar.
Este sujeito está fodido para o resto da sua vida. Maldito broche que lhe vai destruir a vida familiar e profissional. Que mundo é este em que vivemos? Onde está a tolerância?...Onde está o respeito pelo próximo...Humanismo?!?! Esse´, só nos livros e nas bocas de gente hipocrita.
Fiquei perturbado quando soube disto, não propriamente por ele ter sido apanhado, mas sim por não ser um anónimo na instituição e constituir assim motivo de conversa e chacota. Que mal tem em ser-se gay? Se fosse apanhado a fazer um cunnilingos à secretária seria motivo de conversa para uma semana e depois acabava. Mas não, foi um broche a outro homem.
O mal foi a escolha do sitio…maldito broche!

domingo, fevereiro 11, 2007

O olhar gay


Atendendo ao desenrolar dos comentários ao post anterior entre a Aenima e o Serrano e que acabaram por falar naquele olhar, acho um tema interessante para aqui fazer uma entrada ao tema: O olhar gay
Ainda antes de conhecer o mundo gay e os seus códigos, quando entrei na adolescência apercebi-me que existiam alguns olhares masculinos que se fixavam nos meus olhos, mesmo que por milésimos de segundo, e com eles algo se fazia acompanhar. Anos mais tarde quando tomei a consciência de que era gay – embora sempre admitisse que era diferente dos outros – e quando comecei a frequentar a gay scene depressa me apercebi que o olhar entre gays é de facto denunciador de uma intenção, de um propósito, de uma confirmação e até mesmo de um desejo. Comecei a brincar com isso, investi-me numa procura de quem era gay no meio que me rodeava e depressa identifiquei uns quantos que mais tarde vim a confirmar as minhas suspeitas. E posso dizer que entre eles se encontravam homens mui machos, com namoradas e até mesmo esposas. Se me perguntarem se eu identifico se um homem é gay somente pelo olhar não consigo objectivar uma resposta precisa e científica, mas que de uma forma geral todos os gays se conhecem pelo olhar é um facto. Talvez como o Serrano diz talvez seja uma “intuição, sexto sentido”, não sei mesmo. Deve ser algo que todos os gays comportam no seu património genético, uma forma quase telepática de se comunicarem entre si pelo olhar.
Ainda outro dia num centro comercial, estava acompanhado por uma colega, e aparentemente fazíamos um belo casal para os olhos de quem não nos conhecia, e diverti-me a fixar olhares de homens cuja resposta se fazia sentir de imediato - também há que notar que os centros comerciais são espaços previligiados para este tipo de encontros...
Quanto ao olhar gay…esse vale mais do que mil palavras.

domingo, fevereiro 04, 2007

Um domingo de esplanada...

Finalmente um dia de sol, embora o frio tenha-se feito mostrar. O que se previa um domingo fechado em casa a avaliar relatórios de forma pouco eficaz, tornou-se num simpático e diferente dia de trabalho. Após telefonema para dar uma volta até à Costa da Caparica, ficar sentado numa esplanada a beber qualquer coisa quente e pôr algum trabalho em dia, foi um desafio irrecusável. Costa da Caparica aí fomos nós: a minha companhia, colega de trabalho (fêmea) levava um chorrilho de revistas de decoração – e qual delas a melhor – eu lá levei uma pasta com três relatórios para avaliar…
Desafio: encontrar uma esplanada de praia que estivesse aberta…corremos as praias todas, na esperança de encontrar um espaço agradável para aí permanecermos. Tudo fechado!! As praias até tinham muita gente de passeio, mas as esplanadas todas fechadas!...que desperdício!
Aproximamo-nos da Praia da Bela Vista….sim essa!!!... Para nosso espanto, avistámos ao longe o parqueamento cheio! A minha amiga diz: “Esta tem de estar aberta, com tantos carros!...” Eu pensei cá para comigo “Burra!…não fazes mesmo ideia…”
Aproximámo-nos e para surpresa da minha colega – e não minha! – os carros tinham os seu ocupantes dentro, e vá se lá adivinhar….todos do sexo masculino…
Depressa senti aquele friozinho pela espinha, acompanhado da excitação, que já tinha esquecido, do engate…fiquei taquicárdico por estar ali. Recordei os tempos de loucura em que com um amigo meu brincávamos com isso: corríamos os locais de engate todos, fingíamos que estávamos interessados e depois fugíamos. O fascínio pelo abismo levava-nos a esses locais, mas o medo de um futuro incerto excedia esse frenesim.
Portanto, nunca fui de engates fortuitos, mas conhecia os locais principais de engate e aquele claro que o conhecia, mas fazia anos que lá não punha os pés. Aliás, a última vez que fui à Praia 19, deve ter sido há uns cinco anos.
Ora estavam dentro dos carros, ora circulavam pelo estacionamento como quem não quer a coisa…Lembrei-me imediatamente do filme Cruising do William Friedkin com o Al Pacino, uma vez que havia um sujeito fora do carro, que nos fixou imediatamente, e que envergava um casaco e calças de cabedal – muito S&M – e ostentava um bigode tipo Big Bear, muito anos setenta…
Decidimos sair do carro, ao que ela diz “Olha isto tem um ambiente estranho, não tem?…” Claro que me fiz de desentendido e saí só para confirmar se a esplanada estava fechada, e estava. Regressei ao carro.
- “Vamos embora… só nos resta a Fonte da Telha!”
Lá fomos.
Passou-se uma tarde agradável, no meio de famílias com criancinhas aos gritos, gente sozinha acompanhada por livros, namorados adolescentes a trocar beijos entre lambidelas de gelados e a paisagem de um mar com alguns surfistas. Foi muito bom!
O Big Bear não me saiu da cabeça, não por uma atracão física, mas talvez pelo magnetismo do seu olhar.
O frio começou a sentir-se por volta das 17h00 e lá regressámos a nossas casas. Ela mais sapiente em decoração e eu, mais confuso nas minhas análises e avaliações…

sábado, fevereiro 03, 2007

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

STOMP!!!!....


I'll be there!!!

Hoje à noite no Casino de Lisboa...
Não sei se leve as plumas e os tacões altos!!! Pois não hão de fazer mais barulho que eu!....









quarta-feira, janeiro 31, 2007

Haja lítio com fartura…


Não há cu que aguente alguns estados de humor. Por mais que tente, não consigo compreender uma lógica centrada no egocentrismo com requintes de narcisismo. Lítio para eles todos, ora estão bem num minuto, ora estão na merda imediatamente a seguir. Se por um lado são muito bons e são os maiores, e mundo gira em torno deles, por outro – na fase depressiva – de tão bons e giros que são, todos lhe querem mal e têm inveja deles…Haja paciência para aqueles que me rodeiam…paciência não…lítio em barda!!!

sábado, janeiro 27, 2007

Filme "O Escolhido"....ou melhor o mal escolhido!....

Ontem fui ao cinema, após ter esperado ansiosamente pelo filme The Wickerman, que em português foi baptizado de O Escolhido.
O trailler prometia: um thriller com suspense à mistura com ingredientes sobrenaturais. O início da história dá a entender uma história semelhante à Vila (The Village) do realizador M. Night Shyamalan. Semelhante no sentido da existência de uma comunidade isolada da sociedade actual com costumes e rituais próprios vivendo uma vida de auto-subsistência, e que de repente se vê envolvida num desaparecimento de uma garota…- Mais não conto! Portanto, o filme prometia! Para além do facto de ser protagonizado por Nicolas Cage que eu sou fan desde o filme Coração Selvagem do David Lynch.
O Nicolas Cage foi a segunda desilusão: mais maquilhado que nunca, ou então deixaram-no esturricar num solário. O seu cabelo pintado de preto, padecendo já de uma halopecia considerável é mantido firme com kilos de laca. Já para não falar do péssimo trabalho de odontologia cujos dentes - que já não são os dele – mais parecem os de uma dentadura de um equino, muito artificiais mesmo – mau trabalho protésico. Os seus conselheiros de imagem estão a fazer-lhe um péssimo trabalho: está com uma imagem muito postiça.
O elenco não é nada de especial, a história podia ser muito boa se um realizador tipo M. Night Shyamalan pegasse nela. Tanto quanto sei, é um remake que eu desconheço o original.
O fim do filme é uma surpreendente desilusão parecendo um coito interrompido.
Concluindo: um filme verdadeiramente dispensável.