segunda-feira, março 26, 2007
terça-feira, março 20, 2007
Normal...a-Normal...
Depois de ter lido em algures pela blogosfera que não “existe normalidade mas sim um padrão de regularidade” levou-me a pensar sobre o assunto e depois de ontem ter visto o Fur com a Nicole Kidman acho que fiquei mais confuso ainda… O que será o normal? Será aquilo que se está habituado a ver? E tudo o que fôr fora desse padrão deixa de o ser?...
Este filme, Fur- Um retrato imaginável de Diane Airbus é o expoente actual da convivência com a anormalidade. Não conhecia a fotografa, conhecia alguns trabalhos dela, mas longe de mim pensar as teias de relacionamento que conduzem a uma estranha forma de arte. È um retrato imaginável mas que se cruza, certamente, com aspectos reais da sua vida. Mas paira a duvida: o que foi real e o que é ficcionado? Gera, igualmente a duvida: o que é normal e o que é anormal? Normal é o que está dentro da norma…e o anormal, certamente, será o que está fora da norma…mas será que a vida é tão linear assim? Será que existe um véu que separa o normal do anormal? Ou será uma muralha da China?...eu sou normal…eu acho…alias, tenho a certeza. Mas será que serei normal face às regras e padrões de uma sociedade homofóbica, por exemplo?
Diane Airbus, mulher proveniente de uma aristocracia norte americana, casada, a exemplar esposa submissa do marido que vem a descobrir um submundo de marginais, de estranhos, de aberrações, de tudo o que não é normal. Apaixona-se por um “anormal” e os dois desenvolvem uma estranha poesia de amor. Dois mundos opostos tocam-se eliminando a barreira da normalidade…lindo!
– certamente é um filme que não irá agradar a todos, pela sua anormalidade…..
Mas o que será a normalidade? E será que existem vários tipos de normalidade? Por exemplo: A Normalidade convencional, que segundo alguns os autores, é a normalidade a priori, pré-determinada, fixa, estabelecida e concertada. É a normalidade "decretada” pelas leis, pelos costumes, pela ética ou por quem disponha de poder para decretar normalidades. Os limites da normalidade convencional são variáveis, segundo sociedades, culturas ou épocas… na Grécia antiga existiam hábitos normais que nos dias de hoje são altamente condenáveis…poratnto, deixou de ser normal!
E depois há a Normalidade estatística, que é sem dúvida a mais cómoda. Desde que se atinja o 66 % de uma população, já se considera a normalidade.
Ao sujeito as normas proporcionam protecção, segurança e acolhimento, e à sociedade estrutura enquadramento, limites, linhas de orientação para o comportamento, postura e valores. Tanto o comportamento próprio como o dos outros encontram-se regulamentados previamente estabelecidos, sendo portanto calculáveis, avaliáveis e previsíveis.
Mas atenção, as normas da normalidade também têm a sua utilidade, permitem poupar esforços de adaptação em cada nova situação.
Portanto, onde começará a anormalidade?
do filme Freaks (1932)
...trabalho com muitos normais que são verdadeiros anormais…dá para entender?!?Posted by Manuel at 23:04 8 confissões
terça-feira, março 13, 2007
Un chant d'amour - Ainda sob a égide do cinema gay
"Un Chant D'Amour" é o título de um filme de Jean Genet, de 1950, com origem em França, e é considerado o primeiro clássico do cinema gay.
Narra a história de dois homens presos cada um na sua cela e o envolvimento amoroso que eles conseguem estabelecer mesmo não estando em contacto fisicamente e nem tão pouco se conseguindo observar. Trata acima de tudo a necessidade que existe em comunicar entre seres vivos.
É um filme com uma carga erótica muito forte e mesmo sem diálogos consegue transmitir um conjunto de emoções, sentimentos, fragilidades e constrangimentos.
O homem não foi feito para estar isolado.
PS- filme com a duração de aprox. 25 minutos
Posted by Manuel at 22:19 11 confissões
segunda-feira, março 05, 2007
Sweet movie...
I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you...
Posted by Manuel at 22:37 10 confissões
sábado, março 03, 2007
Semana de juri....hehehehe
Semana sem fim…longe da minha vida, longe do computador, longe do blog…
Foi uma semana de juri…Os meus dias pareceram não ter fim: a começar às nove e a terminar com horários entre as 19h e a 1h da manhã, tudo para avaliar currículos e respectivos meios de prova. Embora o acto de avaliar seja complexo existem grelhas, com indicadores e critérios de avaliação de forma a reduzir, tanto quanto possível, o carácter sempre subjectivo que subjaz a um processo de avaliação. Dei gargalhadas acompanhadas de desespero pelo facto de ainda existirem pessoas que confundem actividade académica com participações desconexas em programas da Fátima Lopes…Dei cabeçadas na parede por confundirem projectos com actividades de conteúdo funcional dos serviços…meu Deus!... onde é que já se viu que uma organização de uma videoteca ou a organização de ficheiros constituirem projectos profissionais?!?!?! Como é que ainda existem dúvidas daquilo que é um trabalho de investigação…será que não sabem, ainda, que existe uma coisa chamada de método cientifico?!?! Que pode ser realizado aqui e replicado na China?!...
As gargalhadas foram muitas…estou desejoso de ver os primeiros outputs das colocações. Não posso deixar de reparar nos currículos bem organizados, bem fundamentados e reflectidos, versus daqueles que embora tenham muito e com alguma qualidade por vezes, descuraram por completo uma organização de pensamento e que não convencem o leitor…
Sexta e Sábado, Montemor-o-Novo, acompanhante em congresso, para descansar…
Cheguei agora ao meu mundo: os mails o trabalho e aulas para preparar…
- que venha segunda-feira!!!!
Posted by Manuel at 21:45 5 confissões