segunda-feira, março 26, 2007

Numa de mudar de casa...

Se bem que quando comprei a minha casa há quase 10 anos me servia muito bem, hoje com as mesmas duas assoalhadas não consigo conviver comigo mesmo...tornou-se muito apertada. Se não é no quarto é na sala, se não é na sala nem no quarto é na cozinha. Fartei-me! Fui subitamente invadido por um sentimento de claustrofobia. Preciso de um quarto, uma sala e de um escritório.
As voltas têm sido muitas...até que descobri um condominio liiiiiiiiiiinnnnnnnnnnndooooooo! Mas se calhar tem assoalhadas a mais. Perguntei ao vendedor qual era a tipologia, ao que ele respondeu T4, T5, T6, e T7. Perguntei se podia ver a mais pequena...ou seja a de cinco assoalhadas...sim porque as T6 e T7 já estão todas vendidas....humm....estranho para um país a atravessar uma crise...se calhar a crise nem é assim tanta...NOT!
Lá fui ver a casa de 5 assoalhadas..."mas para que é que eu quero uma casa tão grande?"... Garagem para dois carros, sala, escritório, suite e dois quartos. 3 casas de banho (?!?!?) e uma piscina (comum aos condominos) digna de aldeamento turistico...
Preço...muito bom! Mas mesmo muito bom...
Vamos lá agora aos papeis para ver se consigo empréstimo... já me perguntaram para que é que eu quero uma casa tão grande, ao que a minha resposta se limita a "é porque não têm mais pequenas!"...
Portanto, acabaram-se as férias no estrangeiro nos próximos anos e o carro tem que se manter por muitos mais...
Até parece que já me estou a ver a ir de marmita para o trabalho...

terça-feira, março 20, 2007

Normal...a-Normal...



Depois de ter lido em algures pela blogosfera que não “existe normalidade mas sim um padrão de regularidade” levou-me a pensar sobre o assunto e depois de ontem ter visto o Fur com a Nicole Kidman acho que fiquei mais confuso ainda… O que será o normal? Será aquilo que se está habituado a ver? E tudo o que fôr fora desse padrão deixa de o ser?...
Este filme, Fur- Um retrato imaginável de Diane Airbus é o expoente actual da convivência com a anormalidade. Não conhecia a fotografa, conhecia alguns trabalhos dela, mas longe de mim pensar as teias de relacionamento que conduzem a uma estranha forma de arte. È um retrato imaginável mas que se cruza, certamente, com aspectos reais da sua vida. Mas paira a duvida: o que foi real e o que é ficcionado? Gera, igualmente a duvida: o que é normal e o que é anormal? Normal é o que está dentro da norma…e o anormal, certamente, será o que está fora da norma…mas será que a vida é tão linear assim? Será que existe um véu que separa o normal do anormal? Ou será uma muralha da China?...eu sou normal…eu acho…alias, tenho a certeza. Mas será que serei normal face às regras e padrões de uma sociedade homofóbica, por exemplo?
Diane Airbus, mulher proveniente de uma aristocracia norte americana, casada, a exemplar esposa submissa do marido que vem a descobrir um submundo de marginais, de estranhos, de aberrações, de tudo o que não é normal. Apaixona-se por um “anormal” e os dois desenvolvem uma estranha poesia de amor. Dois mundos opostos tocam-se eliminando a barreira da normalidade…lindo!
– certamente é um filme que não irá agradar a todos, pela sua anormalidade…..
Mas o que será a normalidade? E será que existem vários tipos de normalidade? Por exemplo: A Normalidade convencional, que segundo alguns os autores, é a normalidade a priori, pré-determinada, fixa, estabelecida e concertada. É a normalidade "decretada” pelas leis, pelos costumes, pela ética ou por quem disponha de poder para decretar normalidades. Os limites da normalidade convencional são variáveis, segundo sociedades, culturas ou épocas… na Grécia antiga existiam hábitos normais que nos dias de hoje são altamente condenáveis…poratnto, deixou de ser normal!
E depois há a Normalidade estatística, que é sem dúvida a mais cómoda. Desde que se atinja o 66 % de uma população, já se considera a normalidade.
Ao sujeito as normas proporcionam protecção, segurança e acolhimento, e à sociedade estrutura enquadramento, limites, linhas de orientação para o comportamento, postura e valores. Tanto o comportamento próprio como o dos outros encontram-se regulamentados previamente estabelecidos, sendo portanto calculáveis, avaliáveis e previsíveis.
Mas atenção, as normas da normalidade também têm a sua utilidade, permitem poupar esforços de adaptação em cada nova situação.
Portanto, onde começará a anormalidade?

do filme Freaks (1932)

...trabalho com muitos normais que são verdadeiros anormais…dá para entender?!?

terça-feira, março 13, 2007

Un chant d'amour - Ainda sob a égide do cinema gay



"Un Chant D'Amour" é o título de um filme de Jean Genet, de 1950, com origem em França, e é considerado o primeiro clássico do cinema gay.
Narra a história de dois homens presos cada um na sua cela e o envolvimento amoroso que eles conseguem estabelecer mesmo não estando em contacto fisicamente e nem tão pouco se conseguindo observar. Trata acima de tudo a necessidade que existe em comunicar entre seres vivos.
É um filme com uma carga erótica muito forte e mesmo sem diálogos consegue transmitir um conjunto de emoções, sentimentos, fragilidades e constrangimentos.
O homem não foi feito para estar isolado.

PS- filme com a duração de aprox. 25 minutos

segunda-feira, março 05, 2007

Sweet movie...

Ennis: I figure we got a one-shot deal going on here.
Jack: It's nobody's business but ours...
Ennis: You know I ain't queer.
Jack: Neither am I...
...

Jack: Tell you what, we coulda had a good life together! Fuckin' real good life! Had us a place of our own. But you didn't want it, Ennis! So what we got now is Brokeback Mountain! Everything's built on that! That's all we got, boy, fuckin' all. So I hope you know that, even if you don't never know the rest! You count the damn few times we have been together in nearly twenty years and you measure the short fuckin' leash you keep me on - and then you ask me about Mexico and tell me you'll kill me for needing somethin' I don't hardly never get. You have no idea how bad it gets! I'm not you. I can't make it on a couple of high-altitude fucks once or twice a year! You are too much for me Ennis, you sonofawhoreson bitch! I wish I knew how to quit you...
Ennis: Well, why don't you? Why don't you just let me be? It's because of you that I'm like this! I ain't got nothing... I ain't nowhere. Get the fuck off me! I can't stand being like this no more, Jack.

I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you... I wish I knew how to quit you...

sábado, março 03, 2007

Semana de juri....hehehehe

Semana sem fim…longe da minha vida, longe do computador, longe do blog…
Foi uma semana de juri…Os meus dias pareceram não ter fim: a começar às nove e a terminar com horários entre as 19h e a 1h da manhã, tudo para avaliar currículos e respectivos meios de prova. Embora o acto de avaliar seja complexo existem grelhas, com indicadores e critérios de avaliação de forma a reduzir, tanto quanto possível, o carácter sempre subjectivo que subjaz a um processo de avaliação. Dei gargalhadas acompanhadas de desespero pelo facto de ainda existirem pessoas que confundem actividade académica com participações desconexas em programas da Fátima Lopes…Dei cabeçadas na parede por confundirem projectos com actividades de conteúdo funcional dos serviços…meu Deus!... onde é que já se viu que uma organização de uma videoteca ou a organização de ficheiros constituirem projectos profissionais?!?!?! Como é que ainda existem dúvidas daquilo que é um trabalho de investigação…será que não sabem, ainda, que existe uma coisa chamada de método cientifico?!?! Que pode ser realizado aqui e replicado na China?!...
As gargalhadas foram muitas…estou desejoso de ver os primeiros outputs das colocações. Não posso deixar de reparar nos currículos bem organizados, bem fundamentados e reflectidos, versus daqueles que embora tenham muito e com alguma qualidade por vezes, descuraram por completo uma organização de pensamento e que não convencem o leitor…

Foi uma semana de cão!...
Sexta e Sábado, Montemor-o-Novo, acompanhante em congresso, para descansar…
Cheguei agora ao meu mundo: os mails o trabalho e aulas para preparar…
- que venha segunda-feira!!!!