segunda-feira, novembro 13, 2006

Eu cá não queria estar doente em tempos de Floribela…

Se a Floribela é a figura mais irritante da sociedade moderna portuguesa, depois do incidente da semana passada, acho que devia ser encerrada numa prisão de mulheres de alta segurança…

O incidente…
Ao que parece aquela coisa de telenovela que está a ser transmitida na SIC e dá pelo nome de Floribela, na passada semana serviu-se do Hopital de Santa Maria, privando centenas de utentes e profissionais de aceder a determinados locais deste hospital.
Médicos, enfermeiros, outros profissionais e utentes foram impedidos de circularem por um espaço, que presta um serviço público por sinal, porque a prioridade no Sistema Nacional de Saúde é proporcionar cenários realistas para filmagens de coisas do género. Escusado será dizer que a Administração deste hospital terá arrecadado uns eurositos cujo destino se desconhece à partida. “Melhorias de instalações e equipamentos…” dirão muito apressadamente, mas quem conhece a realidade deste hospital depressa percebe que os serviços a serem melhorados serão certamente aqueles que a grande maioria dos profissionais deste hospital não têm acesso – os gabinetes das pessoas pensantes do hospital – o Conselho de Administração.
O que me choca no meio disto tudo é a conivência passiva dos profissionais de saúde que permitem que o normal funcionamento dos serviços seja comprometido com obscenidades destas. Fiquei a saber que um doente em coma, ligado a um ventilador, ao ser de transferido de um ponto do hospital para outro, teve que fazer o quádruplo ou o quíntuplo do circuito para chegar ao seu destino e se tivesse feito o circuito normal teria feito um caminho muito curto, mas teria incomodado a produção da Floribela e a própria... - quem conhece este hospital sabe que os circuitos não se conseguem fazer em linha recta, sem ter que contornar uma serie de corredores e serviços.
E depois ouvimos discursos que prestam um serviço publico... Provavelmente a emissão da Floribela é, também, um serviço publico...
... eu cá não queria estar doente em tempos de Floribela…


Isso...protege-lhe a cabecinha do Sol...não vá esturricar o último neurónio e precise de usufruir do Sistema Nacional de Saúde....

14 comentários:

Anónimo disse...

Bom, dou-te todo o meu apoio, há certo tipo de situações que me tiram do sério, uma delas, e brincar com a saúde das pessoas. Se bem que a desgraçada da Floribela tem as costas largas... Ela (actriz) é mais uma tinoni que dança ao som dos batuques de algo mais complexo que são a cabecitas pensadoras da produtora... A propósito, mais uma vez e pelo o que sei, é toda inspirada numa novela mexicana. Quem não se lembra das ditas? é verdade, reconhece-se vários traços.

Pedro Eleutério disse...

Estou satisfeito por estar tão distante dessas barbaridades. Só peço que quando voltar para Portugal já tudo isso tenha terminado. É claro que provavelmente em vez da Floribela terei a Floribela 2 ou qualquer outro programa tão ou mais estúpido. O povo português peca pela falta de noção das coisas. Aqui, vou-me contentando com um televisão comletamente dobrada para brasileiro, em que a Jodie Foster tem a mesma voz que a Angelina Joli e que a Julia Roberts... enfim... cada um com os seus males.

n disse...

olá! obrigado pelo teu comentario no meu blog, mas sinceramente não estou a ver quem és, abraço

AEnima disse...

bem... eu so vi a novela uma vez de ferias em zapping... achei que as mazonas eram as unicas pessoas bem vestidas e com um cabelo limpo. Eu teria vergonha de sair ah rua com esse cabelo frizado... ai k impressao. E pior ainda eh o que faz de princepe encantado com o cabelo oxigenado e cheio de oleo em cima, nao percebi para que servia o look... os princepes encantados tem que ser sempre loiros??? Ai, mete muito nojo.

Isso de interromper um servico publico... mais nojo ainda... (e eu tenho mesmo mesmo mesmo muito nojo de cabelos sujos)

Luís disse...

Deviam correr com essa série a pontapé. É impossível não deparar com ela. Nunca vi um episódio disso mas as músicas, as roupas e "skectches" publicitários invadem a nossa realidade de tal forma que às vezes parece que não só a sigo como faço parte dela...

A situação piora quando se tenta impingir esse universo a pessoas doentes que já têm que fazer esforço suficiente para enfrentar as maleitas de que padecem. É abjecto.

Unknown disse...

Olá, vim a tua casa retribuir a visita!

ia, ia, ia, não é que concorde com isto tudo, mas sinceramente acho que há coisas mais importantes e graves a acontecer, e que mereciam mais indignação, como o fecho de maternidades e não só...
Não digo que o que fizeram está certo, mas não estando lá para ver, não acredito que profissionais de saúde pusessem em risco a saúde de alguém por causa de uma telenovela de sucesso... mas isto e a minha opinião e como sempre digo vale o que vale!

Manuel disse...

A questão aqui, e que mais me choca, é a utilização de locais publicos e que prestam serviços a uma população, impedindo assim o seu normal funcionamento. O Bento refere que não acredita que profissionais de saúde pusessem em risco a saúde de alguém, eu também não. No entanto, se existisse uma intercorrencia que colocasse em risco a integridade do utente (leia-se doente) quem assumiria as responsabilidades? Os profissionais de saude, também teriam co-responsabilidades nesta situação, uma vez que reconheciam que o circuito mais adequado para se fazer seria o que estava encerrado pelas filmagens e mesmo assim optaram pelo circuito imposto por administradores hospitares que reunem muito poucas competências para ajuizar sobre uma situação critica de doença.
É notoria uma despreocupação total pautada pela rentabilidade económica dos espaços, privando assim um direito que todos temos em receber os melhores cuidados de saúde nas instituições publicas para as quais todos nós contribuimos.

n disse...

olá manuel! só perguntei quem eras só por perguntar, pois como não dei o endereço do meu blog a nenhuma pessoa, achei estranho como o achaste! mas se foi devido à vantagem da internet ou pela providência ainda bem. obrigado pelo primeiro comentario. aquelas frases surgiram a partir de uma conversa sobre o amor e a correspondência desse amor entre duas pessoas. como achei que aquelas foram as frases climax da conversa, achei por bem publicar.
um grande abraço e vai aparecendo
ps: ainda está em construção o blog, falta uma pequena descrição mas estou à espera de um livro

secret him disse...

Bem visto :)
É o princípio da decadência.

Pior do que termos poucas crianças, é fazerem as crianças estúpidas.

Já dizia o filósofo: "Dêem-nos a televisão que nós merecemos e não a televisão que nós queremos."

Abraços
sh

AEnima disse...

oh... ficaste doente?

:) beijoca

Momentos disse...

Quem é Floribela?? Filha da Teresa Guilherme?? Não conheço...

Anónimo disse...

*Floribella

Anónimo disse...

hello!

Gostei do post!
Vou citá-lo no meu novo blog anti-floribella.

passa la:


http://floribesta.com


cyaaa

Anónimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu