segunda-feira, janeiro 15, 2007

"Babel", ou o vómito da supremacia americana


Fui ver o filme Babel. O enredo não me surpreendeu uma vez que já tinha lido algumas referências á historia do filme. A incapacidade de se comunicar não foi assim tão enfatizada quanto isso. Não gostei…mesmo nada!
Brad Pitt, numa versão mais madura e longe da imagem de sex symbol desempenha um papel de forma verosímil retratando bem a angustia de um homem que vê a sua mulher atingida por uma arma de fogo num pais do terceiro mundo. Cate Blanchet: mal empregada para um papel sem relevo. Qualquer actriz menos conceituada faria-o na perfeição: ela geme, chora, urina-se pelas pernas abaixo e perde os sentidos...nada de especial.
A história e a mensagem politica: coitados dos americanos que estão á mercê de vândalos dentro e fora do pais.
Dentro dos EUA, o seu próprio pais, são “atacados” por aquela máfia de porcos que são os mexicanos. Servem para fazer todo o trabalho sujo que os americanos não fazem, são retratados de uma forma pouco digna mesmo quando as imagens são filmadas no méxico: que porcos que eles são... Fora do pais, são atacados por tribos terceiro mundistas e nem mesmo os europeus são bem retratados aqui: abandonam Brad Pitt numa aldeia marroquina uma vez que não suportam o calor e a camioneta não pode ficar a funcionar só com o ar condicionado.
Detestei o filme e a realização não foi nada de especial. O que a meu ver salvou o filme foi a fotografia que bem retratou o deserto marroquino com as suas gentes, que vão sobrevivendo num meio hostil e sem recursos nenhuns. Estive lá há dois anos e a pobreza é mesmo aquela.

8 comentários:

Momentos disse...

O filme é excelente. Não se gosta pq é demasiado realista e triste. Mas retrata com veracidade o que acontece hoje no mundo global.

Aequillibrium disse...

E é triste o mundo real. E são tristes os americanos. E tb não gostei.

Luís disse...

Manuel:

Dizes que a mensagem do filme é: "coitados dos americanos que estão á mercê de vândalos dentro e fora do pais.
Dentro dos EUA, o seu próprio pais, são “atacados” por aquela máfia de porcos que são os mexicanos. Servem para fazer todo o trabalho sujo que os americanos não fazem, são retratados de uma forma pouco digna mesmo quando as imagens são filmadas no méxico: que porcos que eles são... Fora do pais, são atacados por tribos terceiro mundistas e nem mesmo os europeus são bem retratados aqui: abandonam Brad Pitt numa aldeia marroquina uma vez que não suportam o calor e a camioneta não pode ficar a funcionar só com o ar condicionado."

Se a mensagem do filme for mesmo essa como explicas a japonesa que gosta de andar sem cuecas??? LOLOLOLOLOL

(Eu opto pela mensagem de diversidade cultural e linguística, como o próprio nome do filme indica)

Um abraço

RIC disse...

Não vi o filme, mas uma amiga, que sabe que eu não me importo nada que me contem filmes que ainda não tenha visto, contou-mo. E também li alguma coisa, pouca.
Compreendo e aceito a tua leitura. Afinal, a tal japonesa que tira as cuecas mais não faz que acentuar a necessidade que os norte-americanos (estadunidenses, como muito bem diz um amigo brasileiro) sentem de povos aculturados e rendidos ao seu modus vivendi.
Eles, os civilizados, levam a civilização e a democracia aos pobres coitados do resto do mundo... Quanta arrogância! Ainda os antepassados deles partilhavam as cavernas com os ursos e já no Crescente Fértil e no Japão havia soberbas civilizações... Mas isso eles não sabem, não querem saber e têm raiva a quem sabe...
Um abraço! :-)

Manuel disse...

"como explicas a japonesa que gosta de andar sem cuecas???"
- ora bem...a moça, que por sinal era japonesa, não tinha resolvido o seu complexo de Electra (o identico ao complexo de Édipo). A relação com o pai não era boa, e como ela não tinha a mãe para disputar o pai, projectou-o nos homens que a rodeavam para ser possuída por ele (qualquer figura masculina que assumisse esse papel)...ok...é complicado aceitar...eu sei...pronto...uma explicação mais plausível: a japonesa desenvolveu uma candidiase vaginal cujo tratamento prescrito pela Medicina Tradicional Chinesa seria manter a rata a "ceu aberto".
Científico...não?!?!!?
LOLOLOLOLOLOLOL

:)

Luís disse...

Ok... assim fico esclarecido, LOLOLOL

Anónimo disse...

1.º repondendo a tua pergunta, o que me aconteceu, nada, é so mesmo falta de tempo :)

Quanto ao filme, quando o vir se vir, virei cá dizer + kker coisita lol

abraço fica bem

AEnima disse...

Agora que fui ver o filme, ja posso comentar!

Concordo com as tuas criticas ao casting, mas nao concordo com a "mensagem" que tiraste do filme. Eu acho exactamente o contrario... que o filme eh uma grande e dura critica aos americanos, que, com o seu modo de operar em relacoes externas acabam por so se prejudicarem!

Nao vi ninguem, absolutamente ninguem que nao tivesse ficado absolutamente chocado com a historia da senhora que foi ao casamento do filho. E chocado CONTRA a forma como a policia americana de imigracao funciona. Porque e' a sua forma de agir que provoca questoes e problemas.

Todos os americanos que comentaram o filme sentiram-se muito culpados por todas as formas que o seu pais age perante terceiros... e viram mais uma vez como as coisas estao mal, como precisam de mudar a sua atitude.

Beijinhos grandes!!!