sábado, outubro 07, 2006

Não me mintas…

Mais uma discussão conjugal motivada pela mentira.

Essa tua inabilidade inata denuncia-te…não sabes mentir…não me mintas…
Sempre te aceitei, incondicionalmente, mesmo após as traições, que foram punhais que, sem aviso prévio, me atingiram os flancos. Morri e renasci por todas as vezes…não me mintas.
Não te prendo, amo-te demais para te prender e para te privar da tua vontade mas…não me mintas…nem precisas vir para casa, eu fico bem sozinho, não tenho medo da solidão. Não sejas piedoso com as mentiras que contas, o efeito é sempre contrário mas…não me mintas…
Eu nunca te disse que não compreendia as tuas motivações, os teus medos, e por perceber, não te prendo, mas…não me mintas.
Não quero ser a pessoa da sombra, quero continuar ao teu lado, como sempre estive, não quero ser o amante dos minutos contados…sim, sou egoísta, não te partilho com ninguém…por isso…não me mintas.
Se quiseres vai-te embora, vai viver uma mentira, vive a outra vida...cumpre os desígnios impostos pelos outros…mas não esperes por mim…porque se voltares eu já ter-te-ei esquecido…mas não me mintas.

7 comentários:

Momentos disse...

A mentira, suave veneno que alimenta a dor.

Paulo disse...

"Não me mintas". A cruel realidade deste post marca instantes de devaneios...quase loucura. É o fél amargo que espreita a cada instante. É, por norma, o "gelo" que "estala" os corações "quente"...
É o "montro" que devasta todas as ilusões, expectativas, e...faz parar o arco-íres. É a porta da clausura, o abismo onde "moram" áridos desertos. Mas...é, também, a rampa de partida ao encontro de outra mentira...e de outros devaneios quase loucura...

Luís disse...

Lancinante. Há muito que não lia um post tão carregado de dor. Li-o e tentei comentar. Não consigo. Como sinto essas palavras...

AEnima disse...

Manuel, ha coisas que nao valem a pena darmos algo de nos. Antes achava que eram so coisas... com a vida aprendi que tambem podiam ser pessoas.

Fiquei muito feliz por ver a foto de introducao do blog e reparar e alteraste o texto. :)

Olha, nem tudo eh mau... ja viste que ha uma montanha de gente que nem te conhecendo te ouve quando queres partilhar? Tens que dar espaco para que algo de bom possa entrar na tua vida "real" tambem.

Beijinho

Unknown disse...

Se há coisas que magoam, a mentira e uma delas, e quando é dita sem dó nem piedade ainda mais!

Não sou um santo, mas à que saber medir as consequências que dai possam advir, ou poderá se voltar contra nós...

Todos mentimos um dia, e não vamos ser hipócritas ao ponto de dizer que não, ou que é errado!
A mentiras por bem…
No teu caso e complicado… e muita dor junta…

Anónimo disse...

Quando um ser se reduz a existência de um sentido abstracto do que é sentir e o que sentir por alguém... nasce nesse momento aquilo que chamo numa esperanaça destruida! Na realidade é um forçar a nós mesmos que é possivel voltar a confiar, a mastigar a mentira, mas outra logo se lembra de acontecer, e outra ainda se sobrepõe, até que quando olhamos para trás já não existe mais nada... apenas mentira se vê! Tudo permanece sestruido, os sentimentos existem na referência a passado de momentos de vida, nostalgia de cores, mas logo se sobrepõe tudo, tanto, mais que isso, que enjoa, que irrita, que faz sofrer em lágrimas de dor, em tempo considerado perdido, em vazio por preencher.... É assim a acção corrosiva da mentira.... Uma destruição permanente... sem limite :(

Manuel, não esperes que a outra parte tome opções por ti, para então repensares tudo o resto, não permitas que a mentira seja para ti sentida como algo como um beijo... está apenas nas tuas maõs seres tu a agir... não esperas pela dor maior... reage a tempo :)

Por uma vontade de mudança...

Um abraço :)

Anónimo disse...

Como eu costumo dizer. Se é para mentir, ao menos sejam convicentes.

Não há nada pior que perceber-se que nos estão a dar música. Esforcem-se um pouco ok?